Inovação Tecnológica e Políticas Públicas: uma análise do processo de introdução do Colab na agenda-setting da Prefeitura de Niterói

AutorMatheus Ribeiro Pereira
Páginas137-153
137
CAPÍTULO VIII
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E
POLÍTICAS PÚBLICAS
MATHEUS RIBEIRO PEREIRA
uma análise do processo de
introdução do Colab na
agenda-setting da Prefeitura
de Niterói
Introdução
Em um mundo que com o passar do tempo se tornou cada vez
mais competitivo, característico por sociedades que buscam evoluir
mais rápido e que enaltecem os possuidores de maior conhecimento, os
seres humanos galgaram por formas e ferramentas que possibilitassem
algum avanço. Seja através de manifestações políticas econômicas –
como as Revoluções Liberais do século XIX, ocorridas no processo
de desenvolvimento da Segunda Revolução Industrial, nas quais
apresentava-se uma burguesia que desejava o m do regime em vigência,
para impulsinar o capitalismo e fortalecer o processo de industrialização
– ou por meio da busca incessante por inovações tecnológicas, como
ocorrida no processo que uniu o conhecimento cientíco ao industrial
e resultou na Terceira Revolução Industrial, as sociedades sempre
demonstraram um desejo por mudança.
Dos eventos históricos que geraram uma busca pela transformação
dos ambientes, principalmente no que se refere às questões econômicas e
sociais a nível global, destacam-se os períodos das Revoluções Industriais.
De acordo com Alexandra Brito (2017), a Primeira Revolução Industrial
138
Estado, democracia e sociedade
inicou-se na metade do século XVIII, na Inglaterra, e teve como
importantes modicações a invenção da máquina a vapor e a inserção
da sociedade na produção têxtil, ocasionando na substituição dos
trabalhos manuais para produção fábril e trazendo diversas alterações
socioeconômicas no que diz respeito à oportunidade de trabalho e
evolução dos transportes públicos. A Segunda Revolução Industrial, que
ocorreu entre meados do século XIX e XX, destacou-se pelo progresso
cientíco, tecnológico e em novas inserções nas produções industriais,
dinamizando o processo de trabalho e permitindo a comercialização
de produtos como telefones, televisores, rádios, além de inovações
associadas ao uso do petróleo, a exemplo da substitução do gás de carvão
por gasolina como combustível para automóveis. Já a Terceira Revolução
Industrial, iniciada em meados do século XX, permitiu a inserção de
tecnologia no processo industrial, ou seja, diversos setores que investiam
neste tema, como informática, robótica e telecomunicações começaram
a se destacar. Além do crescimento mercadológico, esta Revolução
também ampliou as relações sociais através da veiculação e transmissão
de informações de forma mais dinâmica devido à globalização.
Atualmente, o século XXI, evidencia-se pela Quarta Revolução
Industrial, período no qual se destaca o desenvolvimento de setores
que dialogam de maneira mais ativa com a tecnologia e a inovação, e
a notoriedade de uma sociedade mais participativa, em que as pessoas
são, além de consumidoras, produtoras de notícias e ideias. Com início
em 2011, a Revolução 4.0 permitiu a união das novas tecnologias e uma
interação entre os aspectos físicos, digitais e biológicos (SCHAWB, 2016).
Cada Revolução Industrial marcou um período histórico de uma forma
diferente, entretanto, o que chama mais atenção na Quarta Revolução é a
capacidade de unir o mundo virtual com o real, transformando diversos
campos sociais e mercadológicos (MARTINS, 2016).
As modicações originadas por essa nova onda tecnológica, além
de acentuarem o colaborativismo e a participação, também alertaram
para uma nova forma de se comunicar, tanto no cenário empresarial
quanto no político, nos quais o viés emocional é mais valorizado do que

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