Posfácios
| Autor | Taurino Araújo |
| Ocupação do Autor | Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad del Museo Social Argentino (Buenos Aires, 2017) |
| Páginas | 183-204 |
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POSFÁCIOS
10.1 Diálogos em Taurino Araújo: uma polianteia375
M B M O
Advogada, assessora jurídica de
empresa estatal, especialista em Direito Tributário.
manuelamotta@ymail.com
Na geograa das falas e dos lugares tecnológicos, reais e sociais, T
A, CBJM é texto e contexto sobre a desigualdade com sotaque de uten-
te nordestino, mas abrangência universal: são diálogos, conforme os dene
Gadamer, tanto na interdependência do todo e das partes quanto na produção
de sentidos considerados relevantes para os diversicados auditórios do gover-
no, negócios, direito, educação, saúde e terceiro setor.
Veja-se a qualidade, a quantidade e a variedade de estudos a respeito dele
desde 30 de agosto de 2017, quando se deu a defesa de seu PhD em Buenos
Aires. Consolida-se, a partir dali, uma polianteia, miscelânea peculiar e rara
em torno de T com base em dianoia, termo usado por P para
denir a potência do pensamento discursivo, em contraste com a sua apreen-
são imediata (noesis), que A divide em dianoia teórica (episteme) e
prática: techne e phronesis, aquele saber prático, intuição e autoconhecimento
que revelam prioridade de compreensão, atividade dialógica e situada a jus-
ticar o intenso e tão diversicado interesse em torno de T e de sua
hermenêutica da desigualdade.
Ao se debruçar sobre o único idêntico global por excelência (a desigualdade)
T A é como se fosse o método mais apropriado para “revelar” de an-
temão aquele sentido inicial dos textos a que se refere G, para depois cali-
brar e aferir certas expectativas que, no exemplo de T, são para demonstrar
a desigualdade de tudo, que é e será sempre desigual, mas pode ser aproximado
através de seu método em constante revisão “à medida que aprofunda e amplia
o sentido do texto” (G) sob tal enfoque. Por isso, esta hermenêutica da
375 M B M D O. D iálogos em Taurino Araújo: uma polianteia.
Publicado origi nalmente em Jornal A Tarde, Salvador, p. A2, 6 ago. 2 018
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TAURINO ARAÚJO
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desigualdade é considerada por N C um monumento extrema-
mente inovador au-delà de S, P e A, talvez em razão de
uma genial sacada: em T A, a intuição ou “pressentimento” do todo
(J G) espetacularmente ocorre sem prejuízo da concepção do particu-
lar que, aqui, coincidirá com o próprio desigual.
10.2 Taurino Araújo, o polímata brasileiro376
A S N
Catedátrico de Teoria do Direito e Hermenêutica da
Universidade Estadual de Feira de Santana(UEFS)
professoragenorsampaio@gmail.com
Para P B, é comum hoje falar em “organização [especíca] do
conhecimento”. Nesse processo, há lugar para administradores intelectuais, in-
tegrantes de pesquisa e eruditos isolados, o amador, gentleman ou polímata,
erudito que se dedica em casa a muitas (ou, pelo menos, diversas) disciplinas
intelectuais, o que se poderia chamar “homem multifacetado”, na expressão do
historiador suíço J B.
Desde 9 de março de 2012 (quando da publicação de Taurino Araújo sin-
gular e plural), muitas reexões surgiram nos meios acadêmico e social — e
continuam surgindo — sobre uma apropriada e retumbante armação que z,
quanto à abrangência e articulação polifônica desse pensador baiano em con-
teúdos os mais diversicados e sob as mais variadas perspectivas.
Ele é um verdadeiro polímata de nosso tempo nas áreas de Hermenêutica,
Teoria do Direito, Transpessoalidade, Pensamento Sistêmico, Criminologia,
História, Filosoa, Antropologia Jurídica e Campos Interdisciplinares.
Quem conhece a grandeza de seu gênio sabe a singularidade de T,
tema para doutorado e para samba-enredo! Denir o seu percurso continua
sendo tarefa hercúlea, agora facilitada pelo emprego de três perspectivas. A pri-
meira delas, por exemplo, já daria um tratado: advogado e professor de Direito.
Segundo C G, enciclopédia que pode ser apreendida desde a
simples curiosidade ao desejo de não cometer erros, descambando no plano
cientíco às esferas do aprofundamento e na inquietação por um saber de apli-
cação, que se destina a resolver os grandes dilemas da vida.
376 A S N. Taurino A raújo o polímata bras ileiro. Publicado or iginalmente no
Jornal Tribuna da Bah ia, Salvador, p. 6, 21 mai. 2015
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