Simulado Delegado ES

Páginas69-126
DELEGADO ES
DELEGADO ES 71
1. O Código Penal (CP) trouxe, em seu conjunto
de leis, a previsão das excludentes de ilicitude, a
saber: o estado de necessidade, a legítima defesa
e o estrito cumprimento de dever legal, além do
exercício regular do direito.
Em relação ao estrito cumprimento do dever legal,
seguem-se seis armações:
I. Para seu cumprimento, é indispensável o cum-
primento do dever legal;
II. Para seu cumprimento, é indispensável o cumpri-
mento do dever ético; III - A prática da conduta
deve ser promovida nos exatos termos da lei;
IV. A ordem da autoridade subsome a lei no cum-
primento da ordem emanada por funcionário
público;
V. A boa-fé permite a extrapolação da lei para o
cumprimento do dever;
VI. Hierarquia e autoridade pública são diplomas
supralegais;
Marque a alternativa que contenha somente as
af‌irmações corretas acerca dos elementos carac-
terizadores do estrito cumprimento do dever legal.
(A) V e VI.
(B) II e III.
(C) I e III.
(D) I e VI.
(E) I e IV.
João, muito feliz com seu noivado com Isabel, mar-
cou um churrasco comemorativo com os familiares
de ambos. A comemoração foi marcada para o dia
21/07/2017 e ocorreu na casa de Isabel. O festejo
teve início às 12 horas, perdurando até às 22 horas.
Por volta das 23 horas, João se despediu da noiva
e partiu para casa em seu carro. No caminho de
regresso, João – que estava com sua capacidade psi-
comotora visivelmente alterada, em decorrência de
bebida alcoólica que ingeriu durante a comemoração
– subiu com seu carro em uma calçada e atropelou
Marcos, causando-lhe lesões leves, em diversas
partes do corpo. João pediu socorro, ligando para
o corpo de bombeiros e a polícia. Com a chegada
dos policiais João foi submetido ao teste de dosagem
alcoólica no ar expirado (exame de bafômetro), que
fez voluntariamente. Constatou-se que a concentra-
ção de álcool por litro de seu sangue era superior à
quantidade permitida na lei. Marcos, por sua vez, foi
atendido e encaminhado para um hospital.
2. Tendo em vista a situação narrada e as regras
sobre os crimes de trânsito constantes no Código
de Trânsito Brasileiro (CTB - Lei nº 9.503/97), é
INCORRETO armar que, no presente caso, incide
(A) uma causa especial de aumento de pena con-
forme determina o § 1º do art. 303 combinado
com o art. 302, § 1º, II todos do CTB.
(B) o § 2º do art. 291 do CTB e deverá ser lavrado
um termo circunstanciado sobre a ocorrência.
(C) o § 2º do art. 291 do CTB e deverá ser aberto
inquérito policial para investigar a infração.
(D) o rol de crimes previstos nos art. 303, caput,
(lesão corporal culposa na direção de veículo
automotor) bem como o previsto no art. 306,
caput, (condução de veículo automotor com
capacidade psicomotora alterada em razão
da inuência de álcool) ambos do CTB, todos
fundamentados pelo art. 69 do Código Penal
(CP).
(E) a circunstância prevista no art. 291, § 1º, I
do CTB, em razão da lesão corporal culposa
decorrente da condução de veículo automotor
sob a inuência de álcool e se afasta, portanto,
a possibilidade da aplicação de benefícios
presentes na Lei 9.099/95.
no art. 5º, inciso XII, a inviolabilidade das comuni-
cações telefônicas, salvo nas hipóteses e na forma
que a lei estabelecer para ns de investigação cri-
minal ou instrução processual penal. Com relação à
Lei 9.296/96, que trata da interceptação telefônica,
é INCORRETO armar que:
(A) a interceptação não poderá exceder o prazo
de quinze dias, todavia, poderá ser renovada
uma única vez, por igual tempo, uma vez
comprovada a indispensabilidade do meio de
prova.
(B) não será admitida a interceptação de comu-
nicações telefônicas quando ocorrer qualquer
das seguintes hipóteses: inexistirem indícios
razoáveis da autoria ou participação em infra-
ção penal; a prova puder ser feita por outros
meios disponíveis; o fato investigado constituir
infração penal punida, no máximo, com pena
de detenção.
(C) a interceptação de comunicações telefônicas,
de qualquer natureza, para prova em investiga-
ção criminal e em instrução processual penal,
observará as disposições da Lei 9.296/96 e
dependerá de ordem do juiz competente da
ação principal, sob segredo de justiça.
(D) a interceptação das comunicações telefônicas
poderá ser determinada pelo juiz, de ofício, ou,
ainda, a requerimento da autoridade policial,
na investigação criminal, e do representante do

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