As crianças não estão ótimas

AutorDiana Poppe
Páginas9-12
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AS CRIANÇAS NÃO ESTÃO ÓTIMAS
Quando peço para que se “segure a onda” na hora de fazer
pleitos que parecem ser super “razoáveis” não fosse a “intransigên-
cia” do outro, meu objetivo não é simplesmente que você e o seu ex
construam uma boa relação um com o outro. Claro que isso seria
ótimo, mas não é a maior preocupação desse momento. A maior
preocupação – que deveria ser a dos pais também – é alertá-los de
que antes de tudo, existe uma criança cuja vida acabou de mudar
radicalmente e que precisa ser cuidada e protegida, acima de tudo.
Pode parecer ridículo dizer isso, mas a realidade é que ao encer-
rar um processo de divórcio os ex costumam estar esgotados emo-
cionalmente, acometidos de uma sensação de serem sobreviventes
após uma “quase morte” e é natural que estejam ávidos por recuperar
suas vidas de forma plena, se cuidar, aproveitar a “segunda chance”
para a felicidade e não a desperdiçar.
Acontece que dessa vez os ex não estão sozinhos. E pior! Eles
não são os únicos cujo coração entrou no modo “recuperação”. Os
f‌ilhos estão ali e precisam muito dos pais nesse momento. Cada idade
exige cuidados distintos, mas todas exigem cuidados. E como dar
conta de alguém quando você também precisa de atenção? Bom,
você vai ter que dar um jeito.
Então, nesse momento pós-divórcio, além de trabalhar para
cicatrizar as feridas ainda abertas, mais do que nunca é preciso estar
atento aos f‌ilhos. Você quer muito ir à festa e, de fato, está preci-
sando de uma festa de arromba. E até merecendo. Mas e seu f‌ilho?
Enquanto você precisa da festa, nesse momento, ele precisa de você.
E precisa se sentir não um “fardo na sexta-feira”, mas uma alegria.
Sair um pouco de si e das suas vontades e necessidades e olhar para
as crianças ajuda muito nessa hora.

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