Calma. Nada é para já!

AutorDiana Poppe
Páginas7-8
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CALMA. NADA É PARA JÁ!
O divórcio consensual precisa se assentar como a poeira de-
pois que a casa foi limpa. Precisa se adaptar à nova vida que ainda
será construída. Muitas vezes as relações já estão tão deterioradas
que é preciso surfar a onda do f‌im “amistoso” como se ela fosse a
pororoca, sabe? Aquela onda que não termina... Fique nela o má-
ximo de tempo que conseguir. Enquanto for possível, mantenha-se
equilibrado na prancha, mesmo que balançando muito, mas sem
cair, sentindo alguma alegria em tão somente estar conseguindo se
manter em pé, porque durante todo o tempo há o risco real e emi-
nente de você cair e, se acontecer, você estará em águas barrentas. E
já não surfa mais essa onda.
Digo isso porque pode parecer para quem olha de fora que o
divórcio consensual é uma beleza, que quem conseguiu escapar
do litígio é um felizardo e está com uma vida tranquila pela frente:
“Terminaram, mas continuam amigos!” Não é assim que costuma
funcionar na prática. Cuidado com essa fantasia!
Não conf‌ie demais em vocês como “amigos” ou “divorcia-
dos consensualmente” ainda. Espere. Muita coisa mudou. Estão
magoados, algumas feridas ainda abertas. Os recursos f‌inanceiros
pós-divórcio tendem a estar bem reduzidos. Normalmente rolam
uns crediários de móveis novos e uma saudade dos móveis antigos; é
comum se ver pensando “quem está deitado no meu sofá, assistindo
a minha televisão?” Não é fácil.
Por isso mesmo, nos próximos meses, a meta de vocês deveria
ser resgatar a conf‌iança um no outro.
Como?
Respeitando os combinados, os horários, pagando os compro-
missos assumidos em dia, dedicando-se aos f‌ilhos nos tempos que
terão com eles, não apresentando novos relacionamentos enquanto

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