A mediação de conflitos no campo judicial como meio de realização da autonomia e da responsabilidade das pessoas
| Autor | Cleide Rocha de Andrade |
| Ocupação do Autor | Doutoranda em Psicologia, Mestre em Psicologia, graduada em Filosofia, psicóloga clínica e mediadora judicial de conflitos. Supervisora e instrutora de cursos de conciliação e mediação judiciais, capacitada pelo Conselho Nacional de Justiça. Mediadora titulada pelo Instituto de Mediação e Arbitragem do Brasil. |
| Páginas | 55-66 |
A MEDIAÇÃO DE CONFLITOS NO
CAMPO JUDICIAL COMO MEIO DE
REALIZAÇÃO DA AUTONOMIA E DA
RESPONSABILIDADE DAS PESSOAS
Cleide Rocha de Andrade1
1. INTRODUÇÃO
Neste texto, nosso propósito é apresentar a mediação de conitos como meio
de realização da autonomia e responsabilidade dos mediandos e, como tal, des-
tacar sua importância na abordagem dos conitos interpessoais, em especial, no
campo judicial.
Segundo concepção losóca, a origem etimológica da palavra autonomia
vem do gregoauto s que corresponde a “de si mesmo, por si mesmo, esponta-
neamente” e signica aquele que é capaz de governar sua própria vida a partir
de seus próprios meios, valores, vontades ou princípios. A partir disso, podemos
conceituar autonomia como a qualidade de ter independência, de ter a liber-
dade para tomar decisões, de ter responsabilidade sobre seus próprios atos, de
terautossuciência.
Quanto à palavra responsabilidade, ela está relacionada com a palavra em
latimrespondere, que signica “dizer, escrever em resposta”. Já o termo respon-
sabilidade é um substantivo feminino latino que demonstra a qualidade do que
éresponsável, ou obrigação de responder poratos própriosoualheios, ou por
umacoisa conada. Dessa forma, uma pessoa que seja considerada responsável
por uma situação ou por alguma coisa terá que responder se alguma coisa ocorre
bem ou, ao contrário, de forma desastrosa.
1 Doutoranda em Psicologia, Me stre em Psicologia, graduad a em Filosoa, psicóloga clín ica e
mediadora judicia l de conitos. Supervisora e in strutora de cursos de concili ação e mediação
judiciais, capac itada pelo Conselho Nacional de Justiç a. Mediadora titulada pelo In stituto de
Mediação e Arbitr agem do Brasil.
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