Prefácio

AutorGustavo Franco Veloso
Páginas11-12
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I
I
Prefácio
Qual é o papel básico de um médico do trabalho dentro de uma empresa? É a
atuação preventiva, de evitar que o trabalhador tenha algum comprometimento de
saúde em decorrência do trabalho. Essa premissa, que aprendi logo nas primeiras
aulas do Curso de Medicina do Trabalho, em 1975, veio acompanhada de mais
duas responsabilidades: de promover atenção global à saúde do trabalhador e de
promover qualidade de vida das pessoas que trabalham.
A instituição do PCMSO em dezembro de 1994, por meio da Portaria n. 24
do Ministério do Trabalho, representou um passo de enorme importância para a
consecução desses objetivos.
A rigor, defendo há mais tempo a noção da necessidade de que os médicos
do trabalho, agraciados por lei com uma “reserva de mercado” extraordinária,
têm a obrigação de enriquecer seus exames médicos periódicos com uma série de
ferramentas diferentes: o censo de ergonomia, para estudar o que pode trazer de
desconforto, di culdade, fadiga, dolorimento ou dor ao se executar o trabalho;
questionários de estresse e de saúde mental procurando veri car a delicada
questão dos fatores psicossociais do trabalho que podem resultar em quadros de
ansiedade ou depressão com as atividades; e outros exames, sem menosprezar os
tradicionais monitoramento biológico de trabalhadores expostos ao risco químico,
as audiometrias periódicas, os exames de função pulmonar e outros de valor
preditivo.
Mas, como fazer para que tudo isso seja realidade e que o PCMSO cumpra
seus objetivos inicialmente almejados?
Esta é a importância do presente livro, escrito pelo Dr. Gustavo Franco Veloso.
Tomando como base a oportunidade pro ssional, de estar envolvido nas ações
do Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais, o autor analisou centenas de
casos da prática do PCMSO e de seus relatórios e passou a veri car especialmente
os pontos de fragilidade.
Nas reuniões que tinha com as empresas, destacando como fazer para que o
PCMSO tivesse o valor preventivo, por muitas vezes o Dr. Gustavo Veloso ouviu
das empresas o pedido para que suas orientações estivessem escritas. Ele resolveu
então escrever este livro.

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