A psicologia no campo da mediação no direito da família

AutorFlavio Goldberg
Páginas9-11
A PSICOLOGIA NO CAMPO DA MEDIAÇÃO
NO DIREITO DA FAMÍLIA
Desde sempre a ideia do uso dos recursos oferecidos pela ciência
da Psicologia na área do Direito foi reconhecida.
A frase clássica do advogado que comenta “tenho que ser mais
psicólogo do que advogado neste inventário” faz parte do folclore
que acompanha, frequentemente, os conflitos familiares nesses e em
outros processos no Direito de Família.
O que se repete nas delegacias de polícia, promotorias e nas
aflições do magistrado, sob o peso da subjetividade no julgamento
e em todas as fases e circunstâncias.
Se esta obviedade sempre residiu no tecido do exercício, pes-
quisa e aplicação da Lei, e suas normas, meandros, jurisprudências
e, finalmente, execução a sistematização é demandante é, historica-
mente nova, para uma estratégia suavizada de interlocução.
Com a Psicologia Jurídica e até a Psiquiatria forense e todas as
áreas correlatas, tais como, o Serviço Social, eventualmente, o pró-
prio sacerdote na missão religiosa os complexos jogos de interação
exigidos pela sofisticação cultural contemporânea acabaram por
mobilizar um amplo espectro sob a noção do “mediador”.
Se pensarmos mais, especificamente na mediação no Direito de
Família acho fundamental o regaste dos elementos da psicanálise,
na concepção de Sigmund Freud.
Realmente tem sido na psicologia de raiz comportamental que
a mediação vem se nutrindo de fontes preciosas, principalmente,
com as experiências pragmáticas norte-americanas, tão bem expos-
tas através do cinema e da literatura cientifica. Isto se consolidou,
principalmente no âmbito sociológico da II Guerra Mundial, com o
epicentro no Direito Criminal.
MEDIACAO EM DIREITO DE FAMILIA.indb 9 09/04/2018 09:45:56

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT