Tereza de Benguela

AutorDaniela Olimpio de Oliveira
Páginas71-72
71
Em meio à complexidade dos grupos, assim como em meio à
complexidade dos discursos, revolvemos aos objetivos funda-
mentais da Constituição contemporânea, de 1988. O intento,
qual é? Rever a estrutura ou restaurá-la? O f‌io da meada….
XXI. Tereza de
Benguela
Em Juiz de Fora, Minas Gerais, o Fórum Unif‌icado 8M rea-
liza em 2023 o Julho das Pretas, segunda edição, dedicado à
data da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. O dia
25 de julho é manifesto à Tereza Benguela, heroína negra e
rainha do Brasil, no Quilombo do Piolho, ou Quilombo do
Quariterê (Mato Grosso), no século XVIII.
Tereza de Benguela era chamada de Rainha Tereza e reinou
no Quilombo do Quariterê por duas décadas, governando
mais de cem pessoas, dentre negros e indígenas. O Quilom-
bo era sustentado pelo cultivo de algodão, milho, mandioca,
feijão, banana, inclusive pela venda dos excedentes. E era
defendido com sistema de segurança, com a armas que che-
gavam até eles através de permuta ou mesmo roubadas. A
estrutura econômica também contava com a forja de ferro,
fazendo utensílios e instrumentos de trabalho.
Não se sabe se Tereza morreu assassinada ou por suicídio,
tendo sido capturada por volta de 1770. O Quilombo resistiu
até essa data.
Em homenagem à Tereza de Benguela, o dia 25 de julho
é of‌icialmente reconhecido no Brasil - Lei n.º 12.987, de 02
de junho de 2014 - como o “Dia Nacional de Tereza de Ben-
guela e da mulher negra”. A data escolhida faz referência ao

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