Eu me protejo - Educação inclusiva para prevenção contra o abuso sexual de crianças com e sem deficiência
| Autor | Patrícia Almeida |
| Ocupação do Autor | Mestre em Estudos da Deficiência (CUNY - City University of New York). Jornalista e funcionária pública. Trabalhou como editora nas TVs Educativa e Manchete, e produtora na BBC Brasil. |
| Páginas | 329-342 |
EU ME PROTEJO – EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA
PREVENÇÃO CONTRA O ABUSO SEXUAL DE
CRIANÇAS COM E SEM DEFICIÊNCIA
Patrícia Almeida
Mestre em Estudos da Deciência (CUNY – City University of New York). Jornalista e
funcionária pública. Trabalhou como editora nas TVs Educativa eManchete, e produ-
tora na BBC Brasil.Criadora da agência de notícias Inclusive – Inclusão e Cidadania
(Prêmios Educação em Direitos Humanos e Orgulho Autista), GADIM – Global Alliance
for Disability in Media and Entertainment, GADIM Brasil, Odimídia – Observatório
da Diversidade na Mídia. Cofundadora doMovimento Down e do Movimento Zika.
Membro do Conselho da Down Syndrome International. Membro do Júri do prêmio
Internacional Diversify TV Mipcom (Cannes). Colaboradora do Instituto MetaSocial,
da campanha Ser Diferente é Normal. Coautora do Eu Me Protejo. Criadora dos
programas Brasileirinhos em Nova York e Brasileirinhos em Genebra. Conselheira da
Brasil em Mente. Medalha da Ordem do Rio Branco – Grau Cavaleiro – Ministério
das Relações Exteriores.
Sumário: 1. Apresentação – 2. Abuso sexual de pessoas com deciência – 3. Educação inclusiva
– 4. Por que esse projeto? – 5. Primeira apresentação do projeto – 6. Entrevista sobre o projeto – 7.
Processo – 8. Referências.
1. APRESENTAÇÃO
O UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância, estima que 120 milhões
de meninas com menos de 20 anos (cerca de 1 em cada 10) foram estupradas ou
abusadas sexualmente. Quase metade das adolescentes que passam por abuso sexual
não conta a ninguém, e 7 em 10 nunca procuram ajuda (UNICEF, 2015).
No caso das crianças com deficiência, há uma lacuna na literatura. Mas é sa-
bido através de dados escassos e relatos anedóticos na comunidade que o nível de
vulnerabilidade de crianças, adolescentes e adultos com deficiência ao abuso sexual
é extremamente alto:
– Crianças com deficiência têm quase quatro vezes mais chances de se torna-
rem vítimas de violência do que crianças sem deficiência, e estão quase três vezes
mais propensas a serem submetidas à violência sexual, com meninas em maior risco
(UNICEF, 2013).
– Na África, todos os jovens entrevistados (entre 18 e 24 anos) tinham sido
abusados sexualmente pelo menos uma vez – e muitos mais de uma vez (FÓRUM
POLÍTICO AFRICANO, 2010).
– Pessoas com deficiência intelectual são abusadas sexualmente sete vezes mais
do que pessoas sem deficiência nos Estados Unidos, de acordo com o Departamento
DEFICIENCIA E OS DESAFIOS PARA UMA SOCIEDADE INCLUSIVA_VOL 02.indb 329DEFICIENCIA E OS DESAFIOS PARA UMA SOCIEDADE INCLUSIVA_VOL 02.indb 329 24/05/2022 16:46:3224/05/2022 16:46:32
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