Prefácio

AutorGeorgenor de Sousa Franco Filho
Páginas9-11

Page 9

Era uma alegria receber uma carta entregue em casa pelo carteiro. E um telegrama? Aquele de tirinhas coladas ou um grã-ino western. E um telefonema? Esperava-se conseguir a linha, ao ouvir o som continuo, discava (era disco) o número, e, enim... Não se conseguia falar com o outro lado: o sinal intermitente anunciava que o destinatário também estava usando a invenção de Graham Bell e estava ocupado...

Os tempos mudaram. Eram, como Sandro Nahmias Melo e Karen Rosendo de Almeida Leite Rodrigues escrevem na início da introdução deste livro, os tempos modernos. Agora mandar cartas, enviar telegrama, telefonar são provas de imenso amor.

O relacionamento epistolar deixou praticamente de existir. O carteiro entrega compras efetuadas on line através do e-commerce. O telegrama é tão raro que algumas pessoas sequer sabem o que é. No seu lugar, mais rápido, barato e eicaz, o e-mail desempenha a tarefa. E o telefone é um objeto de decoração, e o disco virou teclado. Usa-se o smartphone.

Para economizar tempo e dinheiro, as pessoas lançam mão das redes sociais. Todos cedemos (inclusive eu) ao WhatsApp, ao Facebook e aos outros meios de comunicação virtual que estão no nosso cotidiano e não nos deixam respirar tranquilamente.

Este é o quadro que vivemos neste quartel inicial do primeiro século do novo milênio. E daí para pior (ou melhor) conforme a vontade de cada qual.

Não conseguem as pessoas se desconectar desses instrumentos vorazes. Daí, os autores desta obra tiveram a oportuníssima lembrança de trazer à bibliograia brasileira um tema que, até agora, permanecia limitado a artigos isolados e, fazem essa tarefa em um texto denso, de muito conteúdo e de uma importância singular.

Toda essa tecnologia acabou com o surgimento de uma nova doença, a nomotecnologia, que é a fobia porque passam as pessoas quando não conseguem acesso aos recursos da informática. E sofrem como se estivessem com gravíssima enfermidade. E, o pior, estão mesmo, e necessitam de tratamento psicológico.

Ademais, graças às evoluções do mundo cibernético da metade do século XX para os dias correntes, intensificou-se o teletrabalho, e, atualmente, questiona-se muito a necessidade de controlar a sobrejornada dos teletrabalhadores, que, pela legislação atualmente em vigor no Brasil, não possuem direito à receber acréscimo decorrente de prestação de horas extras, porque estão atingidos pelas exceções do art. 62 da CLT. Todos sabemos, porém, que existem meios adequados para...

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