Epílogo

AutorAmaury Silva
Ocupação do AutorProfessor na Graduação e Pós-Graduação - Direito FADIVALE
Páginas125-129
O PANÓPTICO NO TERRITÓRIO DAS APACS 125
8. Epílogo
Há uma enorme interjeição na busca por uma resposta satis-
fatória quanto à  nalidade e e cácia para a pena imposta através
do sistema de repressão criminal do Estado. Quando se concentra
essa re exão na pena de privação da liberdade ocorre uma acen-
tuação desse impasse.
É possível apontar que o recolhimento ao cárcere impõe
uma realidade de transição do homem preso que deixa o território
ampli cado do meio social ordinário, para um território em escala
de menor gradação, isto é, o território prisional. O sistema territorial
desenvolvido por Raffestin (1993) autoriza uma adequação do am-
biente prisional como um território especí co. A territorialidade
humana ao contexto do pensamento de Sack (1986) contribuiu de
forma decisiva para essa convicção, quando se descortina a sua
utilização como estratégia de controle.
A multiplicidade cultural, como observada a partir da ideia de
identidades plurais - Claval (2007) no ambiente prisional deve ser
transformada em identidades coletivas, possibilitando justamente
o controle e o domínio daquele que detém a outorga ou ascensão
do poder para a punição.
O panoptismo surge como fator essencial para que a territo-
rialidade seja empreendida de maneira adequada e voltada para os
seus resultados. A metodologia APAC apresentada como um mo-
delo de prisão aberta, não dispensa os utilitários panópticos para
esse controle, concentrando-se no aspecto religioso / espiritual /
sobrenatural a sua linha mestra de atuação.
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