Nhô Geniplo

AutorPedro Paulo Filho
Ocupação do AutorFormado pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, foi o 1º presidente da 84ª Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil
Páginas293-293

Page 293

Escreveu o advogado e escritor paranaense Francisco Brito de Lacerda sobre o rábula Geniplo Pereira Ramos, que exerceu operosa advocacia durante o primeiro quartel do século XX.

Autodidata, destacou-se pela graça e presença de espírito, escrevendo bem e argumentando melhor ainda, como comprovam os inúmeros processos arquivados no Fórum de sua cidade.

Nhô Geniplo transformou-se em figura lendária e os episódios de que participou, incorporaram-se ao pitoresco do judiciário paranaense.

"Em 1918, houve memorável sessão no Tribunal do Júri que ainda funcionava no histórico edifício da Câmara e Cadeia. Destinava-se a sessão ao julgamento de um homicida de quem Nhô Geniplo era o defensor.

Para auxiliar a acusação, veio um advogado de Curitiba. Na tribuna, o defensor desenvolvia suas alegações com o brilho costumeiro e, em determinado trecho do discurso, a fim de justificar a excludente de criminalidade que invocara, Nhô Geniplo argumentou ao arrepio da lei.

O advogado de fora pediu um aparte, e abrindo o código, leu o texto legal que se opunha à tese da defesa.

Depois de demonstrar o engano de Nhô Geniplo, o apartante...

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