A Subjetividade do Assédio Sexual nas Relações de Trabalho

AutorIngrid de Figueiredo Lopes, Leonardo Rabelo de Matos Silva e Carla Sendon Ameijeiras Veloso
Páginas233-257
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A SUBJETIVIDADE DO ASSÉDIO SEXUAL
NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
Autora: Ingrid de Figueiredo Lopes
Co-autor: Leonardo Rabelo de Matos Silva
Co-autora: Carla Sendon Ameijeiras Veloso
Resumo: O presente artigo aborda os fundamentos filosóficos e descritivos
da liberdade sexual e argumenta a subjetividade do assédio sexual no
ambiente de trabalho quando a prática advém do subordinado, questionando
os motivos do pressuposto da hierarquia continuar sendo necessário para a
sua caracterização, causando extrema estranheza por parte da sociedade
quando este não está presente no caso concreto. Desta forma, busca-se
defender a subjetividade do assédio sexual no meio ambiente de trabalho,
bem como abordar o uso consentido do sexo como uma ferramenta para
satisfazer os prazeres biológicos da sexualidade humana, a qual, mesmo no
século XXI, enfrenta barreiras éticas e morais. O trabalho conclui que a
sociedade brasileira ainda é extremamente conservadora e discriminatória,
precisando evoluir muito nos seus valores para que as pessoas possam expor
livremente suas liberdades individuais.
Palavras-chave: Hierarquização do assédio; Liberdade sexual;
Subjetividade do assédio.
Abstract: Este artículo aborda los fundamentos filosóficos y descriptivos
de la libertad sexual y argumenta la subjetividad del acoso sexual en el
entorno laboral cuando la práctica proviene del subordinado, cuestionando
las razones de la presuposición de la jerarquía para continuar siendo
necesaria para su caracterización, causando extrema extrañeza en la parte.
Cuando este último no está presente en el caso particular. De esta manera,
buscamos defender la subjetividad del acoso sexual en el entorno laboral,
así como abordar el uso consensual del sexo como una herramienta para
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satisfacer los placeres biológicos de la sexualidad humana, que, incluso en
el siglo XXI, enfrenta aspectos éticos y sociales. moral El documento
concluye que la sociedad brasileña sigue siendo extremadamente
conservadora y discriminatoria, y necesita desarrollar mucho en sus valores
para que las personas puedan exponer libremente sus libertades
individuales.
Keywords: Jerarquización del acoso; Libertad sexual; Subjetividad del
acoso.
INTRODUÇÃO
O presente artigo faz uma pequena abordagem histórica do passado,
do presente e deixa subentendido como será o futuro da sociedade, caso as
ideologias conservadoras, moralistas e radicais, ainda presentes no século
XXI, permaneçam. Por que este entendimento seja possível, as filosofias
egípcias, gregas e romanas são aprofundadas no que tange a intimide do ser
humano, principalmente a respeito da sua sexualidade e liberdade
individual.
Na Antiguidade as pessoas eram livres para terem relações com
quem e quando quisessem e foi no fim da Idade Média que a relação de
poder começou a modificar a ideologia da sociedade através da união do
Estado e da Igreja Católica. Os homossexuais, as mulheres, as prostitutas e
os escravos passaram a viver os seus tempos de sofrimento e discriminação
intensa.
A repressão em relação a sexualidade, imposta pelo catolicismo,
perdurou durante séculos e conseguiu dominar até o início do século XXI,
o qual é um dos mais evoluídos culturalmente, pois é possível ver constantes
lutas de classes, militância feminista, conquista homossexuais,
reconhecimento de negros, dentre tantas outras.
No entanto, ainda se faz necessário abordar o assédio sexual de
forma minuciosa, pois as mulheres continuam sendo as maiores vítimas
desta prática em quaisquer lugares, inclusive, no meio ambiente de trabalho.

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