Poesia de autoria da doutoranda

AutorAna Carolina R. P. Leme
Páginas25-25
Vicente entrega comida durante a pandemia.
Se expõe ao vírus, se arrisca, não recebe proteção.
Sem máscara ou alquingel, no m do mês,
nem o mínimo ele ganha de remuneração.
Em um dia de justiça, chega a notícia
de que um juiz humano, Germano, no nordeste do país,
julgou procedente a situação.
O Sindicato venceu a ação.
O Tribunal do Trabalho do Ceará,
na pessoa do desembargador Parente,
disse que na pandemia é direito de toda a gente
salário-mínimo, máscara e alquingel.
Empregados ou não, são seres humanos,
têm direitos, trabalham! Mas a mão da injustiça
veio como medida de correção,
sob o argumento de insegurança jurídica
Brasília disse não e cassou a liminar.
Salário mínimo, máscara e alquingel.
Proteção ao vírus que se pega pelo ar.
Acesso aos direitos previstos na Constituição,
Por que não?(2)
(2) Poesia de autoria da doutoranda, cf.: ORSINI, Adriana Goulart de Sena; LEME, Ana Carolina Reis Paes.
Salário mínimo, máscara e alquingel: acesso ao mínimo ou mínimo de acesso? Revista Direito UnB, v. 4, n. 2,
p. 171-197, maio/ago. 2020. Disponível em:
view/32405/27452#:~:text=O%20Sindicato%20venceu%20a%20a%C3%A7%C3%A3o,humanos%2Ct%C3%A
Am%20direitos%2C%20trabalham!>. Acesso em: 23 abr. 2022, p. 172.
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