O descompromisso político = o capital libertado na (PÓS) modernidade líquida, no capitalismo líquido e no direito do trabalho líquido

AutorJorge Pinheiro Castelo
Ocupação do AutorAdvogado, especialista (pós-graduação), mestre, doutor e livre docente pela Faculdade de Direito da Universidade São Paulo
Páginas23-25

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I O rompimento dos compromissos históricos na (pós) modernidade líquida a partir da transferência de poder para o capital financeiro em face da revolução tecnológica e da ausência de outro concorrente social diante da decorrocada do comunismo
1. A assunção do poder do capital financeiro/acionário

O primeiro fenômeno que levou à ruptura dos compromissos do capitalismo social foi a mudança do poder gerencial para o poder do capital inanceiro e acionário.18

Os investidores assumiriam a posição central e de poder. 19

Além disso, os bancos passaram a ocupar-se mais de fusões e aquisições, e, também, não tinham e nem têm qualquer interesse atrelado aos interesses do Estado-nação.

E o momento decisivo dessa ruptura ocorreu quando os fundos de pensão, controlando enormes quantidades de capital, entraram ativamente no “jogo” empresarial.

Por meio de soisticados instrumentos inanceiros como a chamada aquisição alavancada, os investidores estavam em condições de turbinar ou desmontar corporações inteiras sem qualquer preocupação com os compromissos sociais.20

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2. O capital impaciente

O segundo fenômeno que levou à ruptura dos compromissos social e político derivados da era do capitalismo social foi a mudança no paradigma que decorreu do fato de que os investidores donos do novo poder empresarial queriam resultados a curto e não a longo prazo. 21

Os investidores passaram a constituir o contingente do capital impaciente das empresas.

Os investidores avaliavam os resultados das empresas pelos preços das ações e não pela sua operacionalidade ou pelos dividendos corporativos.

A compra e venda de ações num mercado aberto e luído dava maiores e mais rápidos resultados que o controle de estoques e de ações de longo prazo.

Os executivos para sobreviverem às pressões do capital impaciente tiveram que promover a reengenharia, reinventar-se continuamente, sob pena de serem, eles próprios, excluídos “do jogo” empresarial pelos acionistas e pelo mercado.22

3. A revolução tecnológica

O terceiro fenômeno que libertou o capital do trabalho decorreu...

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