Contabilidade voltada à gestão do risco nas cooperativas financeiras
Autor | José Osvaldo da Costa |
Ocupação do Autor | Graduado em Administração de Empresas pela Universidade UNA |
Páginas | 239-263 |
CONTABILIDADE VOLTADA À GESTÃO DO RISCO
NAS COOPERATIVAS FINANCEIRAS
JOSÉ OSVALDO DA COSTA
Graduado em Administração de Empresas pela Universidade UNA, Pós
graduação MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC, Gerência e Tecnologia
da Qualidade pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas
Gerais (CEFET/MG) e em Pedagogia Empresarial pelo Centro de Estudos
e Pesquisas Educacionais de Minas Gerais (CEPEMG). Experiência no
Sistema Financeiro Nacional (Banco do Brasil, Banco Itaú, Banco Mercantil
do Brasil, Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (SICOOB)).
Áreas de atuação: Operacional, organização de processos, controladoria,
orçamento/custos, crédito, Ombudsman. Consultor e instrutor de
cooperativas de crédito nas áreas de gestão, governança e crédito.
Conselheiro de Administração do Sicoob Credioeste.
RESUMO
Os comentários ora apresentados têm como objetivo mostrar a impor-
tância da Contabilidade na relação direta da gestão de riscos das coope-
rativas nanceiras. A partir de informações contábeis conáveis é possí-
vel a formação de uma série de tendências estatísticas e indicadores que
são transformados em ferramentas importantes no estudo dos riscos
das cooperativas de crédito, o que proporciona condições de ações pre-
ventivas de perdas. O desenvolvimento destas sistemáticas é essencial
na preservação da integridade econômico/nanceiras das cooperativas
de crédito.
Palavras-chave: Cooperativas nanceiras de crédito, gerenciamento de
riscos, sistema nanceiro nacional, princípios contábeis, ativos, passi-
vos, patrimônio líquido.
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JOSÉ OSVALDO DA COSTA
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ABSTRACT
e comments presented here aim to show the importance of Accounting
in the direct relationship of the risk management of nancial cooperati-
ves. From reliable accounting information it is possible to form a series
of statistical trends and indicators that are transformed into important
tools in the study of credit cooperative risks, which provides conditions
for preventive actions of losses. e development of these systems is es-
sential in preserving the economic / nancial integrity of credit unions.
Keywords: Financial credit cooperatives, risk management, national
nancial system, accounting principles, assets, liabilities, shareholders’
eq uity.
1. INTRODUÇÃO
O marco de regulamentação do cooperativismo brasileiro (Lei n°
5.764/1971) completa 48 anos com motivos para comemorações, reexões e
responsabilidades, o que se espera deste representativo segmento na economia
nacional. O cooperativismo brasileiro, composto por vários segmentos, pros-
segue rme rumo à maturidade e inserção na vida do povo brasileiro.
Dentre os segmentos do cooperativismo, sem demérito aos demais, que,
aliás, seguem com muita competência e dedicação, destaca-se o cooperati-
vismo nanceiro. É inegável o sucesso e solidez das cooperativas de crédito
no Brasil, em seus vários sistemas, demonstrando que vieram para car. Esta
evolução positiva, que remonta de muito antes da regulamentação de 1971,
foi construída em cima de três importantes pilares: inicialmente pela determi-
nação de seus dirigentes, que mesmo com parcos conhecimentos abraçaram a
causa de levar às comunidades a chance de uma alternativa nanceira, frente
às poucas opções de relacionamento dado pelos bancos comerciais; assim, a
inclusão nanceira das pessoas foi promovida nos lugares mais distantes e de-
sassistidos dos serviços bancários.
Outro fator foi a contrapartida das pessoas nos seus mais diversos seg-
mentos, pela delização e credibilidade promovida pelos cooperados; não é
por acaso que hoje as cooperativas de crédito representam o 6º maior con-
glomerado nanceiro do país. E por último, um fator relevante foi a presença
do Banco Central do Brasil (BCB), na condição de legislador, scalizador e
apoiador das iniciativas das cooperativas nanceiras. Sob a atuação do BCB, a
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