Rodrigues, José Honório

AutorAirton Cerqueira-Leite Seelaender, Arno Wehling
Páginas269-274
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RODRIGUES, JOSÉ HONÓRIO
Nascido no Rio de Janeiro, a 20 de setembro de 1913, faleceu na
mesma cidade, em 06 de abril de 1985. Bacharel pela Faculdade de Direito
da Universidade do Brasil (atualmente Universidade Federal do Rio de
Janeiro), iniciou-se como historiador aos vinte e quatro anos, coautor com
Joaquim Ribeiro da monografia Introdução ao estudo do período holandês
de Mauricio de Nassau, laureada com o 1º Prêmio de Erudição da
Academia Brasileira de Letras, em 1937. Bolsista de Pesquisa da Fundação
Rockefeller, frequentou a Universidade de Columbia no ano escolar 1943-
1944, quando cursou a disciplina “Nature, Methods and Types of History”,
cujos fundamentos exerceriam futuramente forte influência nos seus
interesses de investigação. Chefe da seção de pesquisas e professor do
Instituto Rio Branco, exerceu também o magistério em diversos cursos de
pós-graduação de História, dirigiu a Divisão de Obras Raras e Publicações
da Biblioteca Nacional e depois esteve à frente do Arquivo Nacional.
Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia
Brasileira de Letras, integrou os quadros sociais de entidades científicas
nacionais e estrangeiras.
Pioneiro na reflexão sobre o ofício do historiador no Brasil,
batalhador incansável pela inserção da disciplina “Introdução à História”
nos currículos dos cursos universitários, deixou numerosas colaborações
em jornais e revistas, além de copiosa bibliografia, formada por estudos de
teoria e metodologia da história e historiografia brasileira, além de ensaios
histórico-políticos que contemplam diferentes problemáticas e
temporalidades da história geral do Brasil. Nesse sentido, a proclamação
da Independência foi uma das questões que mais lhe despertou a atenção,
discutida em artigos, conferências, monografias e no livro Independência:
Revolução e Contra-Revolução (RODRIGUES, 1975-1976), divulgado na
imprensa com o mote “Um pedaço da História do Brasil passado a limpo”
(Jornal do Brasil, 15 de julho de 1976, p.2)
José Honório Rodrigues desenvolveu uma cultura historiográfica
de cariz nacionalista, consoante o que considerava aspirações nacionais
(RODRIGUES, 1963), concepção que mais tarde ele batizaria de História

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