Sousa, Octávio Tarquínio de

AutorAirton Cerqueira-Leite Seelaender, Arno Wehling
Páginas291-299
291
SOUSA, OCTÁVIO TARQUÍNIO DE
Octávio Tarquínio de Sousa Amarantho nasceu em 7 de setembro
de 1889, no Rio de Janeiro. Filho de Tarquínio Bráulio de Sousa
Amarantho e de Joanna Oliveira de Sousa Amarantho, ambos
pernambucanos, Octávio Tarquínio de Sousa, como assinou em suas
publicações, integrava, pelo lado paterno, família de bacharéis em Direito,
formados e atuantes na Faculdade de Recife. Com a vinda da família para
o Rio de Janeiro, Tarquínio de Sousa concluiu em 1907 seu curso de Direito
na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, hoje integrada à
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tendo antes sido aluno do
educador João Köpke e do Ginásio Fluminense em Petrópolis. Nesse
percurso formativo, Tarquínio de Sousa ambientou-se com o
republicanismo de viés liberal e adquiriu gosto pelas letras, tendo
publicado artigos literários em jornais do interior do estado do Rio.
Pouco depois do fim do curso superior, ingressou no serviço
público, exercendo a função de segundo oficial da Administração dos
Correios do Estado do Rio de Janeiro, vindo a dirigir essa repartição entre
1914 e 1918. A partir deste ano, atuou como procurador do Tribunal de
Contas da União, tendo sido, em 1932, nomeado ministro do referido
tribunal, nele trabalhando até se aposentar em 1946. Foi casado, em
primeiras núpcias, com a escultora Maria Martins. Seu segundo casamento,
com a escritora e crítica literária Lúcia Miguel Pereira, inaugurou a partilha
de intensa vida intelectual, interrompida por trágico acidente aéreo, em que
ambos faleceram, em 22 de dezembro de 1959, no Rio de Janeiro.
Mesmo com o início de sua atuação na administração dos Correios,
o gosto pelas letras não foi de todo abandonado. O livro inaugural foi
Monólogo das Cousas, editado em 1914, reunião de contos literários com
acentos autobiográficos do autor em tempos de infância. A maior
notoriedade veio com a tradução de Rubáiyát, clássico da literatura oriental
do século XI, do poeta persa Omar Kháyyám, publicada pela Editora José
Olympio, em 1928. Iniciaram-se então os laços de amizade entre o autor e
o editor. A tradução foi muito elogiada, havendo posteriormente sucessivas
reedições do livro. Como indicado em correspondência com Alceu

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