Roure, Agenor Lafayette de

AutorAirton Cerqueira-Leite Seelaender, Arno Wehling
Páginas275-282
275
ROURE, AGENOR LAFAYETTE DE
Agenor Lafayette de Roure formou-se em Odontologia, mas não
exerceu a profissão. Ocupou-se com o jornalismo, com a história
constitucional, com temas de contabilidade pública e com a política.
Secretário da Presidência da República, de 1919 a 1922, colaborou com o
Presidente Epitácio Pessoa, que o nomeou Ministro do Tribunal de Contas
da União. Foi Ministro Interino da Fazenda do triunvirato que sucedeu a
Washington Luís, enquanto se aguardava a posse de Getúlio Vargas.
Presidiu o Tribunal de Contas da União de 1931 a 1934. Foi membro do
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1917), do qual se tornou sócio
honorário (1924).
Deixou-nos um estudo original sobre a Constituição de 25 de
março de 1824. Reputou seu trabalho uma crônica de acontecimentos
históricos relativos à formação constitucional do Brasil. Pesquisou fontes
primárias, decretos, decisões e, principalmente, os Anais da Constituinte
de 1823. Baseou-se em documentos escritos e dados oficiais, lamentando
que não contássemos com uma memória coletiva dos fatos. Agenor de
Roure é um importante historiador de nossa primeira Assembleia
Constituinte.
Roure também participou da Comissão que preparou o anteprojeto
da Constituição de 1934, atuando ao lado de José Américo de Almeida,
Antonio Carlos Ribeiro de Andrade, Afrânio de Melo Franco (presidente)
e Carlos Maximiliano Pereira dos Santos, entre outros. Conviveu com
políticos e intelectuais do fim da República Velha, compartilhando ideias
relativas à modernização de nossa estrutura econômica e de nosso modelo
político.
Tratou da Independência em Formação Constitucional do
Brasil”, sua história da Assembleia Constituinte, publicada no Rio de
Janeiro em 1914, pela Tipografia do Jornal do Commercio. Nessa obra
buscou compreender por que D. Pedro dissolvera a Assembleia,
outorgando a Carta de 1824. Argumentou que o Imperador teria lutado por
uma constituição liberal e democrática. Afirmou que os irmãos Andrada
não se haviam preocupado em diminuir a autoridade de D. Pedro.

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