O espaço e a avosidade: a criança e o idoso

AutorMiriam Nardelli
Ocupação do AutorMestre pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduada em Iluminação e Design pelo IPOG-DF. Arquiteta
Páginas251-264
O ESPO E A AVOSIDADE:
A CRIANÇA E O IDOSO
Miriam Nardelli
Mestre pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-graduada em Iluminação e Design
pelo IPOG-DF. Arquiteta. Professora universitária por 14 anos na Unieuro-DF. Professora
convidada para participar de bancas de graduação, atuou também como orientadora e
coorientadora de muitos formandos. Foi por duas vezes conselheira do Crea-DF tendo
sido Coordenadora da Câmara de Arquitetura. Integrou a Comissão Organizadora do XX
Congresso Pan-americano de Arquitetos, em 2006, e foi coautora de artigo apresentado
no IV Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, em 1997. Arquiteta
aposentada do Banco do Brasil.
Sumário. 1. Introdução. 2. A percepção do espaço das cidades. 3. A criança e o espaço. 4. O
idoso e o espaço. 5. Elementos do espaço. 6. Um exemplo de cidade dentro da perspectiva
de se criar cidades amigas do idoso. 7. Sugestões alternativas. 8. Conclusão.
1. INTRODUÇÃO
Sob o enfoque da Arquitetura, o artigo busca entender como poderiam ser os es-
paços com características intergeracionais. O foco, no caso, é a possibilidade de nesses
espaços reunirem-se idosos com crianças, seus netos ou não, partilhando experiências,
trocando energia e principalmente ocupando espaços projetados de modo a atender às
suas necessidades e anseios.
O tema chama atenção de estudiosos de múltiplas áreas e principalmente dos arqui-
tetos, que têm em si a responsabilidade de criar esses espaços e ressignif‌icar os existentes,
atendendo às expectativas sociais.
A cidade contemporânea vem concentrando habitantes em espaços cada vez meno-
res, com trânsito excessivo de veículos, poluição sonora de diferentes origens, redução
das áreas verdes, o que resulta por excluir os mais vulneráveis, em especial, os idosos e
as crianças.
A cidade é de todos e para todos. Deve integrar todas as faixas etárias, conferindo-lhes
o sentimento de pertencimento, bem como promovendo vínculos afetivos.
Por que a criança é lembrada e inserida no estudo nessa perspectiva de apossar-se
e usufruir da cidade? Por que a criança e o idoso? Um iniciando seu caminho; outro,
peregrino de longa caminhada. Um na plenitude de suas potencialidades e vitalidade,
com pureza e abertura para o novo, enquanto o outro, já muito vivido, cansado, marcado
algumas vezes por desilusões. O idoso é consciente de que tem muito menos a viver do
que já viveu até agora! Estes, que um dia ajudaram a cidade a ser construída, veem-se
muitas vezes excluídos, desatendidos e em profunda solidão.
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