Apresentação

AutorEduardo Moreira Peres/Jefferson Valentin
Páginas1-4
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Apresentação
“No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; por-
que dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” Gênesis 3:19
A visão acerca do trabalho, ao longo da história, sobretudo nos
países com forte inuência da losoa cristã sempre foi carregada de
uma conotação de penalidade, de redenção. A palavra “trabalho” (por-
tuguês), “trabajo” (espanhol) ou “travail” (francês) têm sua origem no
tripalium, instrumento de tortura utilizado pelo império romano. “La-
bor” (português), “lavoro” (italiano) ou “labour” (inglês) origina-se de
labor, termo latino para “sofrimento”, “dor” ou “fadiga. Na antiguidade,
enquanto o esporte, as guerras e a atividade de pensar eram dignos da
nobreza, o trabalho era atividade para estrangeiros e escravos.
A concepção cristã do trabalho, segundo análise do Sociólogo Max
Webber, foi substancialmente modicada com a reforma protestante, que
passou a considerá-lo como fundamento da vida, uma virtude.
Com a ascensão do sistema capitalista, o trabalho foi ganhando
cada vez mais importância, passou a ocupar uma posição central na
vida das pessoas e começou a se difundir a ideia de que o trabalho
era algo positivo, bom para todos. Conceitos como a “meritocracia”
começaram a ganhar espaço a partir da necessidade de se “premiar”
aqueles que, com seu trabalho, contribuem para o crescimento econô-
mico da sociedade.
O arcabouço jurídico de um país com o nível de desenvolvimento
econômico brasileiro tende a demorar para reetir os valores sociais.
O ordenamento jurídico tributário, diretamente relacionado a aspectos
econômicos, tende a demorar ainda mais. Mas talvez nem o contex-
to histórico, nem a luta de classes, considerada pela losoa marxista
como motor que gira a roda da história, expliquem o motivo pelo qual

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